404

Cágados nativos de Portugal – aprender para preservar turma 01

Apresentação

As zonas ribeirinhas são áreas de grande valor para a conservação da natureza e da biodiversidade, sendo necessária uma gestão integrada da preservação das linhas de águas e respetivas galerias ripícolas, de forma a garantir não só a qualidade da água mas a preservação de todo o ecossistema envolvente. Em Portugal, as tartarugas de água doce encontram-se em habitats dulciaquícolas ou de baixa salinidade, de águas paradas ou de corrente lenta, permanentes ou temporários, tais como charcos, albufeiras, represas, rios e ribeiras. Em Portugal existem duas espécies de tartarugas de água doce autóctones, o cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), estatuto de conservação EN (Em perigo), e o cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa), estatuto de conservação LC (Pouco preocupante). Estas duas espécies encontram-se incluídas no Anexo II da Convenção de Berna e nos Anexos II e IV da Diretiva Habitats e o cágado-de-carapaça-estriada apresenta uma distribuição muito fragmentada, sendo a Reserva Natural Local do Paul de Tornada (RNLPT) um dos poucos locais em que a espécie ocorre a norte do Tejo. Estas sofrem de ameaças antropogénicas devido à desinformação sobre esta temática que é uma das principais dificuldades que se tem sentido ao longo dos anos na proteção e conservação das espécies de cágados nativos de Portugal. Entre estas ameaças estão a libertação de espécies exóticas adquiridas como animais de estimação, a captura de autóctones, alterações climáticas, perda de habitat e a poluição aquífera, levando inevitavelmente a um decréscimo cada vez mais acentuado destas populações. A ação tem como principal objetivo dar a conhecer a existência de duas espécies autóctones em Portugal, as principais características do Emys orbicularis, as suas ameaças, diferenciar as espécies nativas das exóticas e invasoras, medidas de mitigação dos impactos humanos sobre os ecossistemas de água doce, importância das zonas húmidas e das galerias ripícolas, qualidade da água, sustentabilidade e valorização do território. Esta ação de formação permitirá demonstrar o valor intrínseco do património natural, bem como a sua importância enquanto prestadores de diversos serviços ambientais, com significativo impacto na valorização do território e na dinamização das atividades económicas.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial

Releva

Despacho n.º 5741/2015 - Enquadra-se na possibilidade de ser reconhecida e certificada como ação de formação de curta duração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 22/2014. 

Objetivos

- Dar a conhecer a existência de duas espécies autóctones em Portugal, as principais características do Emys orbicularis, as suas ameaças; - Diferenciar as espécies nativas das exóticas e invasoras; - Identificar as medidas de mitigação dos impactos humanos sobre os ecossistemas de água doce, importância das zonas húmidas e das galerias ripícolas, qualidade da água, sustentabilidade e valorização do território. - Demonstrar o valor intrínseco do património natural, bem como a sua importância enquanto prestadores de diversos serviços ambientais, com significativo impacto na valorização do território e na dinamização das atividades económicas.

Conteúdos

- A gestão sustentável do Ciclo Urbano da Água e do papel das Fábricas de Água na preservação e conservação dos recursos hídricos enquanto meios recetores da água reciclada nas ETAR e ecossistemas fundamentais para a biodiversidade de espécies, como o caso do Emys orbicularis. - As espécies da ictiofauna de água doce nativa (história evolutiva, biologia e ecologia), as ameaças que enfrentam e o que se pode fazer para inverter o atual risco de extinção. - Os procedimentos adotados pelos biólogos para a caracterização populacional da ictiofauna (medição, pesagem, remoção de parasitas e caracterização de habitats) através da amostragem científica com recurso a pesca elétrica. - As características das espécies de cágados nativos de Portugal, o seu habitat, a sua distribuição em Portugal, a forma de distinção em relação às espécies invasoras e as ameaças que enfrentam. - Dar a conhecer o método científico de estudo para se compreender e conhecer melhor as populações de Emys orbicularis no seu meio ambiente. - Apresentação dos projetos mais recentes da associação no âmbito da conservação, a forma como os mesmos podem ser adaptados ao currículo nas diferentes disciplinas e anos de escolaridade.

Metodologias

Ação de formação de curta duração de 6h, dividida em dois momentos de 3h cada, de carácter teórico. A ação será dinamizada em formato online de forma a alcançar um maior número de participantes e de diferentes áreas geográficas do país. Apresentação da informação através de comunicações de especialista. Apresentação de projetos de carácter pedagógico com envolvimento de escolas. Sessões dinamizadas por especialistas: - Sara Duarte (bióloga da empresa Águas do Tejo Atlântico, S.A.) - Carla Sousa Santos (bióloga do município de Caldas da Rainha e coordenadora do projeto Peixes Nativos) - Sara Moreira (bióloga da Associação PATO) - Paula Vieira, professora em mobilidade estatutária na associação PATO

Modelo

Questionário de avaliação da formação a fornecer pelo CFAE

Observações

Inscrições para outros interessados, fora da área da educação. https://forms.gle/AgC9VXfxoc46fJHC6 (Copiar e colar link no browser)

Formador

Sara Luísa Miradouro Moreira

Carla Patricia Candido de Sousa Santos

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 21-11-2024 (Quinta-feira) 17:30 - 20:30 3:00 Online síncrona
2 28-11-2024 (Quinta-feira) 17:30 - 20:30 3:00 Online síncrona
Início: 21-11-2024
Fim: 28-11-2024
Acreditação: ADC15102024
Modalidade: ACD
Pessoal: Docente
Regime: e-learning
Duração: 6 h
Local: Plataforma online a indicar posteriormente

INSCREVER-ME