Apresentação

Razões justificativas da acção: O projeto "Crescer com Direitos: Escola, Cidadania e Inclusão" prevê a realização de um bloco de atividades dedicado à capacitação do pessoal da Escola Básica nº1 da Póvoa de Santa Iria, focado na formação de professores e auxiliares. A escola-piloto apresenta desafios significativos relacionados com inclusão, convivência e diversidade. Professores e auxiliares expressaram dificuldades em gerir conflitos entre alunos, responder a comportamentos discriminatórios, promover empatia e cooperação entre pares. Esta formação responde à necessidade identificada no diagnóstico inicial do projeto Crescer com Direitos, capacitando profissionais para aplicar metodologias inclusivas e estratégias práticas que reforcem um ambiente escolar seguro, equitativo e promotor de direitos humanos.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial # Associação SOL SEM FRONTEIRAS

Releva

Despacho n.º 5741/2015 - Enquadra-se na possibilidade de ser reconhecida e certificada como ação de formação de curta duração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 22/2014. 

Objetivos

Objetivo Geral :Capacitar docentes e auxiliares com estratégias práticas para promover inclusão, resolução pacífica de conflitos e convivência positiva em contexto escolar. Objetivos Específicos: - Identificar barreiras comuns à inclusão na EB1 Póvoa de Santa Iria. - Compreender princípios de educação inclusiva, cidadania e diversidade. - Explorar metodologias práticas de mediação de conflitos e convivência. - Adaptar atividades e estratégias às necessidades socioemocionais das crianças. - Co-construir planos de intervenção aplicáveis no quotidiano escolar. Efeitos a produzir: 1. Reforço das competências pedagógicas para a inclusão Os formandos passam a reconhecer de forma mais clara as barreiras à participação e aprendizagem existentes no 1.º ciclo, sendo capazes de ajustar práticas pedagógicas para garantir um ambiente mais equitativo e acessível a todas as crianças. 2. Melhoria da capacidade de gestão positiva de conflitos Os formandos adquirem e aplicam estratégias de mediação de conflitos adequadas à faixa etária, promovendo a resolução pacífica de situações de tensão entre alunos e reforçando um clima escolar seguro e colaborativo. 3. Aumento da capacidade de identificar e prevenir atitudes discriminatórias Os participantes desenvolvem competências para reconhecer sinais de exclusão, preconceito ou linguagem discriminatória, intervindo de forma pedagógica e preventiva, alinhada com os princípios dos direitos humanos. 4. Integração de metodologias participativas na prática profissional Os formandos passam a utilizar dinâmicas de grupo, jogos cooperativos, histórias e atividades expressivas que promovem empatia, cooperação e desenvolvimento socioemocional. 5. Aplicação autónoma de microintervenções e estratégias de convivência Após a formação, os docentes e auxiliares são capazes de implementar microplanos de convivência e pequenas intervenções pedagógicas no quotidiano da sala de aula, recreio e outros espaços escolares. 6. Reforço do papel ativo dos profissionais na promoção da cidadania e dos direitos humanos A formação contribui para que os formandos se percecionem como agentes de mudança, capazes de promover uma cultura de respeito, diversidade e inclusão dentro da escola. 7. Melhoria da articulação entre docentes e auxiliares educativos A experiência formativa facilita a criação de uma linguagem comum de intervenção, fortalecendo a comunicação e o trabalho colaborativo entre diferentes profissionais da escola. 8. Contributo para a melhoria global do clima escolar A implementação das estratégias aprendidas deverá traduzir-se numa redução de conflitos, num aumento da cooperação entre alunos e num ambiente mais acolhedor, seguro e inclusivo.

Conteúdos

Sessão 1 – Fundamentos e Desafios da Inclusão na Escola - O que significa “Escola Inclusiva” no contexto atual. - Diversidade, empatia e gestão emocional como pilares da convivência. - Identificação de desafios concretos no AEPSI (análise de casos reais do território). - Métodos de observação, escuta ativa e comunicação não violenta. - Exercício prático: mapeamento de situações de exclusão e estratégias imediatas de resposta. - Construção colaborativa de princípios orientadores para a convivência. Sessão 2 – Estratégias e Ferramentas Práticas para a Convivência - Dinâmicas participativas para trabalhar empatia, cooperação e respeito. - Técnicas de mediação de conflitos para contextos de 1.º ciclo. - Adaptação de atividades para perfis socioemocionais diversos. - Criação de “microintervenções” com aplicação direta em sala de aula ou recreio. Metodologias de realização da acção: - Educação experiencial, metodologias participativas e estudo de casos. - Exercícios práticos de dramatização, simulação e experimentação de dinâmicas. - Trabalho colaborativo entre docentes e auxiliares. - Aplicação ao contexto real da escola-piloto.

Metodologias

Apresentação de informação relevante pelo formador Discussão dos temas em pequeno e grande grupo

Modelo

Preenchimento de questionário de avaliação pelos formandos, em formulário a enviar pelo CFAE.

Observações

Aguirre, A. M., Caro, C., Fernández, S. and Silvero, M. (2016). Familia, escuela y sociedad. Manual para maestros. Logroño: UNIR Editorial. Del Barrio, J. A., Castro, A., Ibáñez, A., and Borragán, A. (2009). El proceso de comunicación en la enseñanza. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 2 (1), 387-395. Dos Santos, L. R. and Toniosso, J.P. (2014). A importância da relação escola-família. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, 1 (1), 122-134. Fazenda, I. C. A. (2008). O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez. Fazenda, I. C. A. (Org.). (1991). Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo: Cortez. Freire, P. (1992). Extensão e comunicação (10ª Ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra. Freire, P. (2008). Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra. Habermas, J. (2010). Teoría de la acción comunicativa. Madrid: Trotta. INCLUD-ED Consortium (2009). Actions for success in schools in Europe. Brussel: European Commission. Martins, M. and Sarmento, T. (2013). Associações de pais e participação coletiva: oportunidade perdida? Gestão e Desenvolvimento, 21, 167-184. Noronha, M., and Jesus, M. (1998). Cooperação escola/família: Guia do facilitador. Lisboa: Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural. Oliveira, I.M., and Taveira, M.C. (2016). Desenvolvimento vocacional na infância: Contributos para uma abordagem integradora. In N.L. Pereira-Silva, A.J.G. Barbosa, and M.C. Rodrigues (Eds.), Pesquisas em desenvolvimento humano e educação (pp. 355-384). Curitiba, Brasil: Editora CRV. Acessível em: https://www.researchgate.net/publication/319087642 Oliveira; I. M., Taveira, M. C, and Porfeli, E. J. (2016). Desenvolvimento vocacional e rendimento académico na infância: Estudo exploratório do efeito das zonas geográficas. In Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação - Motivação para o Desempenho Académico (pp. 548-564). Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. ISBN: 978-989-8753-34-2. Acessível em: https://www.researchgate.net/publication/319087642 Penteado, H. D. (2002). Comunicação escolar: uma metodologia de ensino. São Paulo: Salesiana. Penteado, H. D. (Org.). (1998). Pedagogia da Comunicação: teorias e práticas. São Paulo: Cortez. Perrenoud, P. (2002). As competências para ensinar no século XXI. Porto Alegre: Artmed. Perrenoud, P. (2005). Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre: Artmed. Saloio, M. F., and Morales-Lozano, J. A., (2017). Conselho de turma: organização, liderança e autonomia. Revista Lusófona de Educação, 35 (35), 101-118. Taveira, M. C., and Silva, J. T. (Coord.) (2011). Psicologia Vocacional: Perspectivas para a intervenção. 2ª Edição. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

Formador

Chiara Chillod

Cronograma